DF é referência nacional de notificação obrigatória de câncer

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O modelo de notificação obrigatória de câncer implementado pelo Distrito Federal, pioneiro no Brasil e regulamentado pela portaria nº 180/2019, tem chamado a atenção de outros estados, consolidando-se como referência nacional. Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa-RO), enviou uma equipe técnica ao DF para conhecer o sistema de vigilância oncológica desenvolvido pela Secretaria de Saúde (SES-DF). 

Servidores da Agência de Vigilância em Saúde de Rondônia vieram ao DF acompanhar os procedimentos administrados aos pacientes de câncer do Hospital Regional de Taguatinga | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde

Na sexta-feira (8), o grupo rondoniense visitou o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde observou de perto o funcionamento do modelo. “Ser referência na notificação compulsória de câncer é uma grande conquista para o DF”, lembrou o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da SES-DF, Gustavo Ribas. “Quanto mais dados coletamos e armazenamos adequadamente, mais qualificamos o serviço, produzimos instrumentos de divulgação e geramos conhecimento científico”.

A visita fez parte de um cronograma técnico elaborado entre os dias 4 e 8 deste mês. Na programação, houve apresentações sobre o Registro de Câncer de Base Populacional do DF (RCBP-DF) e orientações acerca da notificação compulsória e práticas de monitoramento dos registros hospitalares de câncer (RHCs).

“Essa vivência com o DF foi fundamental para estruturarmos nossos processos”

Gilvander Gregório de Lima,  diretor-geral da Agevisa-RO

“Rondônia poderá fortalecer sua própria vigilância, aprimorar o monitoramento da doença e implementar estratégias que melhorem o atendimento e a resposta à demanda de saúde em seus serviços”, apontou a coordenadora do RCBP-DF, Cristiane Bastos, lembrando o impacto do modelo utilizado no DF nas informações oncológicas.

Durante o encontro, a equipe de Rondônia acompanhou a rotina das visitas técnicas de monitoramento feitas pela SES-DF, bem como o tratamento das notificações da rede privada. “Queremos alcançar uma coleta de dados mais qualificada sobre o câncer no estado e, com isso, entender a incidência da doença no território rondoniense”, avaliou o diretor-geral da Agevisa-RO, Gilvander Gregório de Lima. “Essa vivência com o DF foi fundamental para estruturarmos nossos processos”. 

Avanços no DF

Desde a implantação da portaria nº 180/2019, a SES-DF registra avanços significativos na notificação de câncer. Em 2019, foram 10,7 mil ocorrências na rede privada, número que saltou para 13,6 mil em 2023.

Hoje, cerca de 40% das notificações provêm tanto da rede pública quanto da privada. O sistema da SES-DF permite, segundo Cristiane Bastos, uma visão abrangente e integrada entre as redes. Isso possibilita o planejamento de políticas de saúde e intervenções mais eficazes. 

*Com informações da Secretaria de Saúde

 

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