Por: Jornalista Kelven Andrade
Nesta segunda-feira (5/8), Edmundo González, candidato opositor a Nicolás Maduro na eleição presidencial da Venezuela, se autoproclamou o novo presidente do país. Ao lado da líder oposicionista, Maria Corina Machado, ele contesta o resultado eleitoral apresentado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
González divulgou um comunicado, assinado ao lado de Maria Corina, afirmando ter vencido as eleições “sem qualquer discussão”.
“Nós vencemos esta eleição sem qualquer discussão. Foi uma avalanche eleitoral, cheia de energia e com uma organização cidadã admirável, pacífica, democrática e com resultados irreversíveis. Agora, cabe a todos nós fazer respeitar a voz do povo. Procede-se, de imediato, à proclamação de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República”, declarou.
Ambos fizeram um apelo à “consciência” dos militares e policiais do país para que “se coloquem ao lado do povo”, após a questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro, a qual denunciam como fraude.
Venezolanos, ciudadanos militares y funcionarios policiales: Nuestro mensaje en esta hora decisiva para el futuro de la República. pic.twitter.com/Z7GWTH7rKM
— Edmundo González (@EdmundoGU) August 5, 2024
“Fazemos um apelo à consciência dos militares e policiais para que se coloquem ao lado do povo e de suas próprias famílias”, afirmaram em uma carta na qual pedem o fim da “repressão” aos protestos da oposição e oferecem “garantias aos que cumprirem com seu dever constitucional” em um eventual “novo governo”.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) proclamou na última segunda-feira (29) Maduro como o presidente eleito. No entanto, a oposição e a comunidade internacional contestam a legitimidade do processo eleitoral.
A autoproclamação de González intensifica a crise política na Venezuela, ampliando a divisão entre os partidários de Maduro e a oposição. A situação coloca o país em um estado de incerteza, com possíveis repercussões significativas para a estabilidade política e social da nação.