Por: Jornalista Kelven Andrade
No domingo (2), Claudia Sheinbaum fez história ao ser eleita a primeira mulher presidente do México, conquistando entre 58,3% e 60,7% dos votos, conforme a contagem preliminar do Instituto Nacional Eleitoral do México (INE). A candidata governista superou com ampla margem sua principal adversária, Xóchitl Gálvez, que obteve entre 26,6% e 28,6% dos votos.
Resultados Preliminares e Participação:
Os dados foram divulgados pela presidente do INE, Guadalupe Taddei, que destacou a confiança na contagem rápida realizada pelo órgão autônomo. Esta contagem se baseia em uma amostra estatística representativa de 5.651 centros de votação, com um nível de confiança de "ao menos 95%", garantindo uma projeção robusta do resultado final. No entanto, Taddei enfatizou que os resultados são preliminares e estão sujeitos à confirmação nas contagens distritais, que começam na próxima quarta-feira, dia 5 de junho.
Oposição e Contexto Eleitoral:
Jorge Álvarez Máynez, candidato do opositor Movimento Cidadão, ficou em terceiro lugar, recebendo entre 9,9% e 10,8% dos votos. A eleição deste ano registrou uma participação histórica, com entre 60% e 61,5% dos mais de 98 milhões de eleitores mexicanos comparecendo às urnas. Este índice de participação é o maior já registrado na história do país.
Desafios da Campanha:
A campanha eleitoral foi marcada por violência extrema, sendo considerada a mais violenta da história do México. Durante o período eleitoral, ao menos 30 candidatos foram assassinados, refletindo a complexidade e os desafios enfrentados no cenário político mexicano.
Carreira e Trajetória de Sheinbaum:
Claudia Sheinbaum, de 61 anos, é cientista e ex-chefe do Governo da Cidade do México (2018-2023). Ela também atuou como secretária de Meio Ambiente do Distrito Federal entre 2000 e 2006, durante o governo de Andrés Manuel López Obrador na capital. Sua trajetória política e administrativa consolidou sua imagem como uma líder competente e preparada para assumir a presidência.
Transição de Poder:
Sheinbaum assumirá a presidência do México em 1º de outubro, sucedendo o atual presidente Andrés Manuel López Obrador. Sua eleição representa um marco significativo na política mexicana, não apenas pela conquista inédita de uma mulher na presidência, mas também pela continuidade das políticas progressistas e de transformação social iniciadas por Obrador.
Futuro e Expectativas:
A vitória de Claudia Sheinbaum sinaliza um novo capítulo na história do México, com expectativas de avanços em áreas como meio ambiente, direitos sociais e governança. A presidente eleita terá o desafio de unificar o país e enfrentar questões críticas, incluindo a violência e a desigualdade, que marcaram o processo eleitoral e continuam a ser desafios prementes para a sociedade mexicana.